Diplotaxis siifolia subsp. vicentina
AVALIAÇÃO DO RISCO DE EXTINÇÃO
CATEGORIA E CRITÉRIOS DA UICN
VU, Vulnerável
VU B1ab(iii)+2ab(iii)
Justificação da Avaliação
Diplotaxis siifolia subsp. vicentina é uma erva anual, endémica da costa sudoeste de Portugal, que ocorre em clareiras de matos psamófilos, sobre areias carbonatadas. Ocorre em núcleos geralmente de pequena dimensão e que se distribuem de modo disperso. É avaliada como Vulnerável pois apresenta uma reduzida extensão de ocorrência (520 km2) e área de ocupação (68 km2), um baixo número de localizações (sete) e porque se assinala um declínio continuado na qualidade e extensão do seu habitat. A planta está ameaçada pela construção urbanística e pelo pisoteio, de viaturas e pessoas, que afeta sobretudo a maior subpopulação conhecida (Sagres), a qual contempla cerca de 50% do número de indivíduos total. A expansão da agricultura intensiva de larga escala está também a ser causa de degradação do habitat noutras subpopulações. Apesar de o Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (onde ocorre toda a população) prever restrições de uso e reconversão do uso em espaços favoráveis à ocorrência da espécie, os factos mostram que e stas três pressões continuam a atuar, prevendo-se que continuem futuramente se não forem tomadas medidas. Assim, revela-se importante aumentar a fiscalização, reforçando a aplicação da legislação existente no sentido de aumentar a proteção desta e doutras espécies que partilham o seu habitat e as mesmas ameaças. Em paralelo, deve ser feita monitorização dos núcleos mais ameaçados, pelo menos. A descida de categoria relativamente à obtida na avaliação global anterior (Criticamente Em Perigo), deve-se a um maior conhecimento da sua distribuição e a uma atualização da sua área de ocupação.